Moyses - Curso de Física Básica, Mecânica, Problema Resolvido 13.7
13.7) Considere um balde cilíndrico com água, em rotação com velocidade angular ω em torno de um eixo vertical, após atingida a situação de equilíbrio, em que a água está girando juntamente com o balde [seç.13.7]. Para obter a forma da superfície de equilíbrio da água, utilize o fato de que o fluido em equilíbrio não pode suportar forças tangenciais a sua superfície, de modo que, no referencial do balde, as forças atuantes na superfície tem de ser normal a ela. Prove que a superfície do balde é um paraboloide de revolução, achando sua equação no sistema de coordenadas com origem no ponto em que a superfície corta o eixo de rotação oz.
Podemos adotar o sistema de referencial com eixo oy sobre o eixo de rotação, e desenha a suposta superfície nesse referencial, uma partícula de água com massa m a uma distância x do eixo de rotação e sobre essa superfície está sujeita ao efeito de duas forças, a força peso P e a força centrifuga Fctf,
Podemos então pensar que a reta tangente a superfície nesse ponto faz um ângulo θ com a horizontal de modo que a tangente desse ângulo é a derivada da curva de revolução,
Adotando um referencial linha com eixo oy′ sobre a reta tangente a esse ponto,
Note que podemos decompor as forças que atuam sobre a massa de água m em relação ao referencial com linha de modo a representar a situação de equilíbrio da mesma, {Fctfsinθ+Pcosθ=0Fctfcosθ−Psinθ=0 Da segunda equação encontramos a seguinte relação tanθ=FctfP Que é a derivada da curva no referencial sem linha, ou seja, dydx=ω2xg Integrando a expressão em relação a x obtemos, y=ω22gx2+C Como a condição inicial é y(0)=0 teremos que C=0, y=ω22gx2 A curva de revolução é claramente uma parábola, o que implica que a superfície é uma paraboloide centrado na origem com concavidade positiva.
Comentários