5.13) Um bloco está numa extremidade de uma prancha de 2m de comprimento. Erguendo-se
lentamente essa extremidade, o bloco começa a escorregar quando ela está a 1,03m de altura, e então leva 2,2s para deslizar até a outra extremidade, que permaneceu no chão. Qual é o coeficiente de atrito estático entre o bloco e a prancha? Qual é o coeficiente de atrito cinético?
Considerando que na altura
h o bloco começa a deslizar vamos considerar
θ o ângulo critico, em que o bloco ainda está em repouso devido ao atrito estático
→fae que o impossibilita de deslizar sobre a rampa de comprimento
l,
Escolhendo o referencial na direção horizontal em relação à rampa, como na figura 1, devemos decompor a força peso
→P do bloco de massa
m, naturalmente como também não existe movimento em
y, temos que parte da força peso anula-se com a força normal
N da rampa sobre o bloco,
Usando a segunda lei de Newton podemos representar o sistema em equilíbrio, pelo sistema,
{Nˆj−Pyˆj=0 (1)Pxˆi−faeˆi=0 (2)
Pela equação (1) encontramos que a normal é dada por
N=Py como a força de atrito estático
fae é dada por
fae=μeN, onde
μe é o coeficiente de atrito estático, porém pela equação (2),
fae=Px⇒μeN=Px⇒μePy=Px⇒μe=PxPy⇒μe=PsinθPcosθ⇒
μe=tanθ (3)
Olhando para o triângulo da figura 1, podemos usar o teorema de Pitagora para descobrir o lado que está faltando,
l2=h2+c2⇒c=√l2−h2 usando o resultado podemos calcular
tanθ que resulta em,
tanθ=h√l2−h2 (4)
Aplicando a equação (4) em (3) obtemos,
μe=h√l2−h2 (3)
Supondo agora uma pequena aumento
dθ do ângulo
θ na rampa, o bloco começa a deslizar aceleradamente
a levando um tempo
t para chegar atá a base da rampa, naturalmente agora não é mais a força de atrito estático que atua contra o movimento, mas sim a força de atrito cinético,
Decompondo os vetores da nova situação encontramos,
{Nˆj−Pyˆj=0 (5)Pxˆi−facˆi=maˆi (6)
Da relação (5) encontramos que
N=Py, logo a força de atrito cinético será,
fac=μcPy, sendo
μc o coeficiente de atrito cinético, aplicando o resultado em (6) obtemos,
Px−μcPy=ma
Explicitando
μc,
μc=gsin(θ+dθ)gcos(θ+dθ)−agcos(θ+dθ)⇒
μc=tan(θ+dθ)−agcos(θ+dθ)
Usando a identidade trigonométrica da soma de tangente e cosseno, obtemos,
μc=tanθ+tandθ1+tanθtandθ−agcosθcosdθ−gsinθsindθ
Como
dθ é desprezível podemos considerá-lo nulo que resultara em,
μc=tanθ−agcosθ
Usando as relações trigonométricas da figura 3 e obter expressões para tangente e cosseno
cosθ=√l2−h2l e
tanθ=h√l2−h2 ou seja,
μc=h√l2−h2−alg√l2−h2 (7)
Sabemos que a queda do bloco sobre a rampa é dada por,
S=S0+vot−12at2
Queremos a aceleração em função do tempo
t usando o fato de que a velocidade inicial é nula e que quando o bloco chega na base da rampa a distância é zero obtemos,
0=l−12at2 ou seja,
a=2lt2 (8)
Aplicando (8) em (7) obtemos,
μc=h√l2−h2−2l2gt2√l2−h2
Ou seja,
{μe=h√l2−h2μc=h√l2−h2−2l2gt2√l2−h2
Substituindo os valores do problema,
{μe=0,6μc=0,5
Comentários